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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Partidos Anarquistas e as Eleições na Islândia.

Na Islândia, provável vencedor de eleições une anarquistas e hackers

Partido Pirata faz campanha crítica à política tradicional e pode abrigar Snowden.




REYKJAVIK - O partido que está à beira de ganhar as eleições nacionais da Islândia, amanhã, não existia até quatro anos atrás. Seus membros são um conjunto de anarquistas, hackers libertários e geeks da web. Ele define suas políticas por meio de pesquisas on-line — e acha que o governo deveria seguir o seu exemplo. Ele quer fazer da Islândia “a Suíça de bits”, livre de espionagem digital. E tem oferecido a Edward Snowden um novo lar. Nesta terra de vikings, o Partido Pirata pode em breve ser rei.
O aumento dos piratas — de uma franja radical ao foco dos holofotes da política islandesa — surpreendeu até mesmo a fundadora do partido, uma poeta, programadora de web e ex-ativista do WikiLeaks.

A vitória para os piratas pode não significar muito no contexto isolado da Islândia. Essa ilha vulcânica logo ao sul do Círculo Polar Ártico tem população menor que a metade da cidade de Washington. Mas uma vitória dos piratas ofereceria uma ideia clara do quão longe os europeus estão dispostos a ir em sua rejeição à política tradicional.— De jeito nenhum — diz Birgitta Jónsdóttir, de 49 anos, quando perguntada se imaginava que um dia seu partido poderia governar o país.
Para Jónsdóttir e outros piratas — que definem o seu partido como sendo nem de esquerda nem de direita, mas um movimento radical que combina o melhor de ambos — a eleição aqui também poderia ser o início da reinicialização que a democracia ocidental tão desesperadamente necessita.
— As pessoas querem mudanças reais e entendem que nós temos que mudar o sistema, temos que modernizar a forma de fazer leis — discursa Jónsdóttir, cujos cabelos pretos combinando com a pintura das unhas a distinguem em um país onde a política tem sido dominada por homens louros e barrigudos.
A Islândia é, em alguns aspectos, um lugar estranho para um movimento tão contestador florescer. Mas, depois que a crise financeira global de 2008 levou a economia à ruína, e banqueiros foram presos, um movimento de protesto nasceu.

— A desconfiança, que há muito estava germinando, agora explodiu. Os piratas estão surfando essa onda — conta o professor de História Política Ragnheithur Kristjánsdóttir, da Universidade da Islândia. — Tivemos novos partidos antes, mas, em seguida, eles desapareceram. O que é surpreendente é que eles estão mantendo a sua dinâmica.
Os piratas nasceram na Suécia para contrariar leis de direitos autorais digitais. Mas a proposta de fazer da Islândia “um porto seguro digital”, bem como a Suíça é para os bancos, é nebulosa quanto aos detalhes.
— Nós não estamos aqui para ganhar o poder — prega Asta Guthrún Helgadóttir, membro do Partido Pirata no Parlamento. — Estamos aqui para distribuir o poder.


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